SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

sábado, 8 de agosto de 2015

Meu último ABRAÇO em EDUARDO CAMPOS, 8 de agosto de 2014, há um ano.


Há um ano dei o último abraço, no meu amigo, sem saber que aquele seria o último! Descido do apartamento, após ter falado com a imprensa, caminhou, fui ao seu encontro e nos demos o costumeiro e forte abraço, aquele que nos era possível quando nos víamos. 



Quero lembrar, sempre, dos momentos de alegria, de descontração, de vê-lo atencioso com os que o procurava, com a firmeza de quem sabia aonde queria ir e o que pretendia fazer em favor do nosso Brasil, por isso é que ele disse: “Não vamos desistir do Brasil!”.




Seu sonho, meu amigo, era  ser Governador do Estado de Pernambuco, para dar seguimento ao trabalho do Dr. Arraes e  colocar em prática o seus grandes sonhos: projetar o estado no cenário nacional e fazê-lo exemplo de canteiros de obras e desenvolvimento na região nordeste. Sonhava muito mais, ser Presidente do Brasil!

Ano de seu primeiro embate para o Governo do Estado, chega a Garanhuns com 4% das intenções de voto; correligionários indecisos se estavam ou não com ele, o velho costume: aposto no azarão ou fico com quem está à frente das pesquisas? Em geral, a dúvida daqueles que navegam ao sabor das benesses e/ou pelo simples prazer de ficar “do lado” dos possíveis ganhadores.
É eleito! Seu primeiro mandato, seu sonho sendo realizado e Pernambuco tendo um Governador com visão desenvolvimentista e que amava o seu torrão. Arruma, acerta os passos, busca dar o tom da música que iria reger o desenvolvimento da “terra de altos coqueiros e belezas de soberbo estendal”, para começar a semear o desenvolvimento.
Inicia-se a prosperidade, o caminho para a redenção e oportunidades dentro do estado; começa-se a desenhar um viés educacional das Escolas Técnicas Estaduais, começam a ir para a prancheta o que seriam as UPAsE, o Pacto pela a Vida, em fim começamos a ter esperança de desenvolvimento sustentável e sustentado.  Alguns dizem que foram pontuais, não! Foi em todo o estado, essa tônica de desenvolvimento, só não o foi onde seus representantes foram fracos e não buscaram a parceria, não apresentaram projetos e/ou não ousaram em buscar parcerias com o estado e parcerias privadas.
Vieram as empresas, empresas geradoras de emprego e que alavancariam a produção – em todas as áreas – do nosso Pernambuco e, assim, foi até seu último dia de Governo.
Meu dileto amigo, seus amigos ocultos, seus escudeiros por amizade e sem bajulações, sem favores (alguns, por precisão, não tiveram favores e sim trabalho para continuar sua caminhada), sem cobranças de ambos os lados, sempre estiveram do seu lado, como devem ser amigos!
Sei, bravo guerreiro, que “No presente és a guarda avançada, sentinela ‘indormida’ e sagrada que defende da pátria os lauréis”.

Quero lembrar, sempre, esse dia e não o fatídico 13 de agosto que te levou e frustrou a esperança do povo pernambucano e de todo brasileiro que esperava um Brasil melhor, através da tua garra, vontade de bem servir o teu país, ética, honradez e respeito aos preceitos que balizavam as tuas ações.