Há um ano dei
o último abraço, no meu amigo, sem saber que aquele seria o último! Descido do
apartamento, após ter falado com a imprensa, caminhou, fui ao seu encontro e
nos demos o costumeiro e forte abraço, aquele que nos era possível quando nos
víamos.
Quero lembrar,
sempre, dos momentos de alegria, de descontração, de vê-lo atencioso com os que
o procurava, com a firmeza de quem sabia aonde queria ir e o que pretendia
fazer em favor do nosso Brasil, por isso é que ele disse: “Não vamos desistir
do Brasil!”.
Seu sonho, meu
amigo, era ser Governador do Estado de
Pernambuco, para dar seguimento ao trabalho do Dr. Arraes e colocar em prática o seus grandes sonhos:
projetar o estado no cenário nacional e fazê-lo exemplo de canteiros de obras e
desenvolvimento na região nordeste. Sonhava muito mais, ser Presidente do
Brasil!
Ano de seu
primeiro embate para o Governo do Estado, chega a Garanhuns com 4% das
intenções de voto; correligionários indecisos se estavam ou não com ele, o velho
costume: aposto no azarão ou fico com quem está à frente das pesquisas? Em
geral, a dúvida daqueles que navegam ao sabor das benesses e/ou pelo simples
prazer de ficar “do lado” dos possíveis ganhadores.
É eleito! Seu
primeiro mandato, seu sonho sendo realizado e Pernambuco tendo um Governador
com visão desenvolvimentista e que amava o seu torrão. Arruma, acerta os
passos, busca dar o tom da música que iria reger o desenvolvimento da “terra de
altos coqueiros e belezas de soberbo estendal”, para começar a semear o desenvolvimento.
Inicia-se a
prosperidade, o caminho para a redenção e oportunidades dentro do estado;
começa-se a desenhar um viés educacional das Escolas Técnicas Estaduais,
começam a ir para a prancheta o que seriam as UPAsE, o Pacto pela a Vida, em
fim começamos a ter esperança de desenvolvimento sustentável e sustentado. Alguns dizem que foram pontuais, não! Foi em
todo o estado, essa tônica de desenvolvimento, só não o foi onde seus representantes
foram fracos e não buscaram a parceria, não apresentaram projetos e/ou não ousaram
em buscar parcerias com o estado e parcerias privadas.
Vieram as
empresas, empresas geradoras de emprego e que alavancariam a produção – em todas
as áreas – do nosso Pernambuco e, assim, foi até seu último dia de Governo.
Meu dileto
amigo, seus amigos ocultos, seus escudeiros por amizade e sem bajulações, sem
favores (alguns, por precisão, não tiveram favores e sim trabalho para
continuar sua caminhada), sem cobranças de ambos os lados, sempre estiveram do
seu lado, como devem ser amigos!
Sei, bravo
guerreiro, que “No presente és a guarda avançada, sentinela ‘indormida’ e
sagrada que defende da pátria os lauréis”.