Busco, no próprio Paulo Freire, a essência do que seja
a importância do ato de ler:
“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca,não aprendo nem ensino”.
“Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca,não aprendo nem ensino”.
No inicio ele divaga sobre a sua infância vasculhando as
experiências remotas que ainda povoavam sua mente; lembra a infância vivida,
onde dá ênfase a sua “velha” casa, o quintal onde deu seus primeiros passos, os
pássaros que o encantava a sua mente juvenil; vivenciou os seus temores, as
suas angústias e tudo em sua mente estava claro e de um saudosismo sem par.
Relembra, ainda, as suas primeiras leituras e de como
brincava com as palavras, esse eterno e admirável educador nos leva ao seu
mundo, tão pequeno e tão grande ao mesmo tempo, que nos encanta e nos faz
relembrar, também, o nosso tempo do “Be a Bá” em nossa cartilha do “ABC...”,
nos fazendo lembrar que a leitura do mundo antecede a das palavras e isso ele
faz com tanta maestria que nos deixa viajando no passado, nas lembranças de
nossos primeiros anos de estudante.
Nesse
texto ele enfatiza bem o que estimula o gosto pela leitura e o despertar da
importância para se buscar ler, isso ele faz de maneira singela e simples
quando nos diz que o educador deve assumir a ingenuidade do educando e que isso só se consegue com a humildade; ao
tempo que fala sobre a humildade, dá um recado para que possamos, como
educadores (somos todos educadores, quando não de nossos filhos, somos de
nossos colegas de trabalho e/ou de educando aos quais nos propomos repassar
conhecimento) nos despir do
autoritarismo e diz, ainda – entre linhas, que os
educadores devem buscar o ensinar e aprender de forma solidária e não negar
esses atributos que desperta o gosto pela leitura. Se não agirmos assim, essa
foi a minha assimilação do texto, poderemos a criar, nos jovens, um antagonismo
à leitura, situação essa, que os fará ficar na “treva” do conhecimento.
(Wanderley Pereira da Silva)