A idade... Ah! A idade...
Não me arvoro a Lupicínio, nem de todo concordo, quando diz:
“Esses moços, pobres moços. Ah! Se soubessem o que sei...”; para mim “Não importa se a estação do ano muda... Se o
século vira, se o milênio é outro. Se a
idade aumenta... Conserva a vontade de viver, não se chega a parte alguma sem
ela.” (Fernando Pessoa). É nessa vontade de viver que continuo trabalhando e
colaborando com o século XXI (ainda estou vivo e como vivente procuro ajudar
para que o futuro seja promissor favorecendo a minha prole, de maneira saudável
e politizada em busca do bem comum e da sustentabilidade), como bem dia Robert
Mallet: “As boas ideias não têm idade, apenas têm futuro.” Em todo esse
encanto, que acham alguns jovens viver, digo-lhes que “A idade não é decisiva;
o que é decisivo é a inflexibilidade em ver as realidades da vida, e a
capacidade de enfrentar essas realidades e corresponder a elas
interiormente.” (Max Weber), dessa
inflexibilidade decantada por Max, procuro tê-la mesclada com a flexibilidade
do “bambu chinês”, porque para mim é como diz Mario Quintana quando aborda o
presente sem vê que a idade chegou e que ela é fugaz... “... Essa idade tão
fugaz na nossa vida chama-se presente e tem a duração do instante que
passa...” (Mario Quintana).
Por isso, nesta minha “avançada
idade”, continuar com minha força de trabalho (profissional e comunitário)
procurando primar pelo que li de Pablo Picasso: "Há pessoas que
transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem
de uma simples mancha amarela o próprio sol".