As Competências Profissionais do Técnico de Nível Médio
(Wanderley Pereira da
Silva)
A preparação para o trabalho é fundamental para que tenhamos
profissionais de “ponta” e que respondam aos anseios do mercado demandante de
produção e serviços. É por isso que é de
vital importância termos consciência que preparar os docentes para o trabalho
não é o mesmo que prepara-los para o emprego; devemos despertá-los à
compreensão e assimilação mostrando-lhes o lado do mundo laboral - para
inseri-los na sociedade e, com uma visão crítica, nas atividades produtivas. Isso tudo é leva-los à tão propalada
competência profissional, onde nada mais é, segundo Macedo (2002) a construção,
coordenação e articulação de esquemas de ação ou de pensamento caracterizada
pela mobilização de recursos, tomada de decisão e saber agir.
Nos dias de hoje é muito difícil desassociar “competência” do
bojo técnico escolar, uma vez que ela é determinante para o reconhecimento
profissional e no mundo empresarial (para onde irão os egressos) as
competências são valorizadas em diversos matizes e estão articuladas através da
mobilização para o desempenho com eficácia pela utilização da eficiência como
valor profissional.
Quando tecemos considerações, sobre as competências, temos
que estar atentos a três princípios básicos que as norteiam: 1) A expressão
perceptiva, onde se explora a capacidade expressiva própria do docente e da dos
outros, onde se busca a linguagem básica específica. Neste primeiro princípio o
compreender e o entender são verbos chaves para o entendimento e percepção da
interdependência dos saberes. 2) Nesta fase a argumentação decisiva é o
ingrediente que leva ao reconhecimento dos elementos próprios para a formação
profissional, tendo como “carro chefe” a coletânea verbal do coletar,
selecionar, relacionar e interpretar tudo que envolve o contexto profissional em
estudo e, 3) Vem quando o indivíduo leva
à realidade os conteúdos estudados, identificados como contextualização e
abstração a serem aplicados na vida cotidiana como como molas mestras do
aprendizado em sala de aula para aplicabilidade em situação a ser vivida
profissionalmente; neste estágio o verbo forte é o aplicar, aplicar os
conhecimentos adquiridos.
Como professor, para desenvolver essas
competências trago as citações que por si só já desnudam meus pensamentos:
“Formar por competências requer tratar como conteúdos escolares não só os
conhecimentos conceituais, mas, também, os procedimentais (saber - fazer) e os 'atitudinais' (saber - ser). (COLL, 1998; ZABALA; ARNAU, 2010)”. “O ensino por
competências implica alterar não só as metodologias, mas toda a arquitetura
didática da formação, o que inclui a análise das necessidades, a definição dos
objetivos, a seleção e a definição dos conteúdos e a avaliação (ZABALZA,
2009)”.