SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

ORATÓRIA DA PRIMEIRA TURMA DO "PROGRAMA IDEAL" - SEBRAE/Garanhuns (PE)

ORATÓRIA DA PRIMEIRA TURMA DO SEBRAE

Período de 15 março/27 setembro de 1997

(90 horas de Encontros)

PROGRAMA IDEAL EM GARANHUNS (PE)

(Wanderley Pereira da Silva,  

Orador e elaborador da Oratória)

            Vemos aqui, em Garanhuns, a realização de mais uma etapa do sonho de um ilustre brasileiro: FORMAR LÍDERES PARA ALAVANCAR ESTE IMENSO País, através da Ética e do comprometimento com a justiça e a dignidade.

         Este homem, Senhoras e Senhores, é Assis Chathaubriand que, em 1943, já sonhava com uma escola para Chefes.

         Viu frustrada sua pretensão, mas em 1961, persistente, voltou a perseguir seu intento, encontrando respaldo, anos depois, na Escola Superior de Guerra, quando começou a ser frequentada por alguns brasileiros, não militares, tais como os Srs. Olacir de Morais e Antônio Ermírio de Morais.

         Estavam dando o ponta pé inicial para o tão sonhado programa, mas foi no PARANÁ  que o SEBRAE abraçou esta causa, através do Programa Liderar, apresentado ao Dr. Afif Domingos, em um congresso de Superintendes do SEBRAE e, este, também, comprou este Programa, esta Ideia a nível nacional, reformulando-a e transformando-a no INSTITUTO DE DESENVOLVIEMTNO DE EMPRESÁRIO E ADMINISTRADORES LÍDERS.

         Por tudo isso, Sr. Superintendente, Geraldo Baluth e Dr. Armando Monteiro, senhora e senhores da mesa de honra e convidados, que estamos aqui (Antônio Marcos Adjamiro Lopes, Aderaldo, Andréia, Antônio Porfírio, Antiógenes, Brás, Bartolomeu, Carla, Claúdia, Daniel da Silva, Edmilson, Genivaldo, José Herminio, João Bezerra, João de Barros – João de Bolinha, Luiz Augusto, Izaura Matos, Nair, Sônia e Wanderley) para consolidar o nosso compromisso, sem hesitação ou possibilidade de recuo, para com o desenvolvimento do nosso município, do nosso Estado, do nosso País e do mundo de hoje, GLOBALIZADO e unido por objetivos comuns: o progresso e o bem de todos os povos.

         É... “QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER”.

         Vandré nos inspira a dizer que temos que buscar, temos que ousar, temos que fazer, mas não de maneira abrupta, não!

         Vamos fazer acontecer de forma ordenada, com parceria, com metas cristalinas, tornando nossos ideais, nossos sonhos uma realidade. É chegada a hora de empreendermos um ritmo acelerado.

         Nós, Líderes de Vanguarda, nós do Programa IDEAL, temos que abraçar essa revolução, não podemos nos acomodar, tão pouco acharmos que, se nós pararmos, o mundo e o progresso vão parar.

         NÃO! Eles passam céleres, não vão nos esperar. Aí, podemos perder nossa condução para o futuro.

         A busca do desenvolvimento, a ousadia e motivação são combustíveis para o IDEALISTA.

         O SEBRAE, Senhor Superintendente, nos fez despertar, nos fez tornarmo-nos, novamente revolucionários em busca do bem único e comum, desprezando as mesquinharias, a incapacidade e a incompetência, para abraçarmos, de vez, os valores éticos e morais para o engrandecimento de nossa Pátria.

         Sozinhos, não seremos nada!

         Senhores políticos, empresários, administradores, em fim, Garanhuenses, Pernambucanos, acima de tudo: BRASILEIROS, vamos, cada um, fazer sua parte para que possamos amenizar a miséria através das ofertas de empregos, através de um melhor serviço de saúde, uma melhor educação básica. Metas definidas, motivação, ética e dignidade são palavras chave para que possamos dar dias melhores àqueles que labutam, conosco, no dia-a-dia.

         “O Líder de Vanguarda, formado no SEBRAE IDEAL, nunca pensará em si mesmo e nem se preocupará apenas em fazer a sua parte, ele pensa em fazer a sua parte e ajudar os outros a fazerem a deles.”

         Concordamos com vocês Idealistas de Petrolina e, por isso, dizemos: Quando o fogo do entusiasmo se acende, passamos a ter um interesse vivo por tudo o que queremos realizar. O ardor de querer fazer o melhor de nós mesmos se une a uma alegria despretensiosa e leve, sabemos como persistir, mesmo quando dificuldades emergem.

         Fernando Sabino disse:

         De tudo ficaram 03 (três) coisas:

         1 – A certeza de que estamos começando:

         2 – A certeza de que é preciso continuar e,

         3 – A certeza de que poderemos ser interrompidos, antes de terminar.

         Nós, do SEBRAE IDEAL, devemos:

         Fazer, da interrupção, um novo caminho.  

         Fazer, da queda, um passo de dança.

         Do medo, uma escada e,

         Da procura, um ENCONTRO.

         Destes nossos encontros, no IDEAL, ficarão muitas lembranças bonitas e, com elas, a certeza de que estamos sempre recomeçando.

         Vamos continuar fazendo de nossos medos, nossas quedas e nossos sonhos... uma BUSCA.

         BUSCA de “SER” mais, ouvir mais, compreender mais o nosso próximo, estender-lhe a mão, sempre, na certeza de que seremos, sempre, mais e melhores em que, aqueles que estão ao nosso redor, também, se tornem mais e melhores.

         Eu, sou o mundo.

         O mundo somos todos nós, juntos!

         Assim seremos dignos de sermos Líderes para construir um caminho melhor para o milênio que se aproxima.

         Obrigado colegas e amigos Idealistas que me deram a oportunidade de representa-los e ao nosso DEUS, por tudo que hoje sou e ter me premiado com a presença de todos vocês.

         O MEU, NOSSO, MUITO OBRIGADO!

 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019


 PARABÉNS, GARANHUNS!

  Vejo-te, formosa cidade,
Com uma galhardia sem fim;
Com essa elástica idade,
Não pareces tão velha assim.
Encantei-me com tua formosura,
Cheirando tuas flores e o jasmim.
Fui acolhido, com tanta doçura,
Que fiquei plantado em teu jardim.
Parabéns, oh linda Garanhuns!
Pela vida longa que tem,
Já não existem aqueles anuns,
Que te fazem chorar minha querida,
Mas tem a avalanche de filhos... Que aqui vem
Ajudar-te a vicejar a cada dia de vida.
                                                                                                                  (Silva, Wanderley Pereira da)
 



sábado, 30 de junho de 2018

Divagando sobre Democracia e a Livre Concorrência (By Wanderley Pereira)


Para estabelecer de parâmetros, entre a Democracia e Livre Concorrência recorro a Alberto Venâncio:
“Importantes transformações econômicas e sociais vão profundamente alterar o quadro em que se inserira esse pensamento político-jurídico [Liberalismo]. As implicações cada vez mais intensas das descobertas científicas e de suas aplicações, que se processam com maior celeridade e, a partir da Revolução Industrial, o aparecimento de gigantescas empresas fabris, trazendo, em consequência, a formação de grandes aglomerados urbanos, representam mudanças profundas na vida social e política dos países, acarretando alterações acentuadas nas relações sociais, o que exigirá que paulatinamente, sem nenhuma posição doutrinária preestabelecida, o Estado vá, cada vez mais, abarcando maior número de atribuições, intervindo mais assiduamente na vida econômica e social, para compor os conflitos de interesses de grupos e de indivíduos.”  (VENÂNCIO FILHO, Alberto. A intervenção do Estado no domínio econômico. Ed. Fac-similar. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 8.)
                       Neste diapasão podemos verificar que o estado é o grande regulador da livre concorrência através de regras claras e prática que impõe para frear o abuso econômico partido de conflitos de interesses, em geral a briga entre o monopólio e aqueles que lutam par se firmarem no mercado; quando o estado não intervém caímos em uma “ciranda” econômica que prejudica, sobremaneira, a vida social e sustentável dos que necessitam da igualitária concorrência para buscar mercado de forma ampla e com regras democráticas de convivência; sem contar que, se assim não o fizer, o estado também sofre pelo engessamento da economia o que prejudica o desenvolvimento interno e interfere na balança comercial do país.  
             Podemos dizer que a livre concorrência para  ser salutar deve obedecer três formas fundamentais para tal: 
A liberdade de concorrência se expressa de três formas:
  a liberdade de iniciativa empresarial, que se confunde com o livre acesso das empresas ao mercado;
  a liberdade de a empresa manter-se no mercado e nele agir de modo que garanta o lucro; e
  a liberdade de escolha dos consumidores (SENHORAS, 2003, p. 84).
                    Quando se configura o abuso econômico, evidenciado pela imposição de preços por conta do domínio de mercado sobre os demais concorrentes e/ou, ainda, quando envolve – além dos preços de mercados do produto – o ordenamento, tácito, da mão de obra e o controle de matéria-prima, o ESTADO tem que intervir para que se evite o colapso econômico-social.   Tércio Ferraz Júnior é bem claro, neste aspecto, quando diz:
                                      “dominação é mais do que posição de predominância. É, por meios ardilosos, bloquear a renovação do mercado, impedindo o advento de novas forças e a expansão das existentes.” (FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Lei de defesa da concorrência: origem histórica e base constitucional. In: Arquivos do Ministério da Justiça, Brasília, v. 45, n. 180, p. 175-185, jul./dez. 1992.)           
                Um outro fator que evidencia o abuso do poderio econômico é a busca gradual para a eliminação total ou parcial dos concorrente.  Essa atitude leva a diminuir e/ou, até, suprimir a liberdade inerente de um comércio “leal”, implantando uma deslealdade  com o impedimento de acesso de novos empresários às atividades comerciais ou de serviços.
                  O mercado concorrente, como é argumentado por Cabenellas, nos diz que:
Argumenta-se que as economias que se sustentam em mercados concorrentes obtêm uma utilização mais eficiente dos recursos produtivos, produzindo bens e serviços a custos mais reduzidos, com inegável elevação do nível de bem-estar social (CABANELLAS, 1983, p. 37).
       Em vez de ser predador, o concorrente deve buscar a eficiência e a eficácia para se firmar, como bem podemos ver através de Nascimento: “A eficiência deveria ser o principal aspecto a ser estimulado por uma política de concorrência.” (NASCIMENTO, 1996).
       Em nosso estado democrático de direito a Constituição intervém para a condenação das práticas abusivas com intervenções na economia em favor do livre mercado. No entanto essas regras buscam indicar que a concorrência é um bem que leva a bens maiores quando ela existe de maneira digna e busca se portar conforme os preceitos justos e que façam justiça às ações sociais de convivência mútua dos povos.
    É dessa maneira, com a intervenção do Estado Democrático e de Direito,  que a concorrência deve-se pautar de forma coerente porque a defesa do Estado vem em implementação de políticas públicas que regulam o ordenamento econômico por meio de diversos instrumentos visando a proteção tanto da sociedade, como um todo, quanto daqueles entrantes no mercado e os existentes que sofrem com a concorrência predatória da economia.
    Encerrando com o sentimento de quê o Estado Democrático nos leva a ser tutelado para evitar atividades “predatórias” apresentamos o que Tavares pensa:
A necessidade de estabelecer, por via da legislação, punições às atitudes da iniciativa privada que possam comprometer o equilíbrio dos agentes econômicos é incontestável. Isso porque referido equilíbrio é objetivado pela Constituição, não apenas como decorrência do princípio abstrato da igualdade, mas também porque a própria Constituição foi especificamente incisiva nesse particular. Não há como aquele equilíbrio ser atingido com a ausência total de regulação e fiscalização pelo Estado. No mercado regido pelas forças absolutamente livres há sempre a possibilidade de o agente econômico interferir nesse estado de liberdade, corrompendo o desejável equilíbrio, pela sua força econômica superior. (TAVARES, 2003, p. 260).