SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

terça-feira, 1 de julho de 2008

MOTIVAÇÃO: É PESSOAL


Naísa Modesto

MOTIVAÇÃO: TAREFA PESSOAL E INTRANSFERÍVEL

A motivação é uma das competências mais difundidas e exigidas no ambiente corporativo. Uma das definições do dicionário para o ato de motivar é: despertar o interesse e o entusiasmo. Mas talvez essa definição conceitual não seja capaz de compreender toda a grandiosidade que envolve a motivação.
Primeiramente tratada como tarefa de líderes que precisavam extinguir de suas equipes a apatia e falta de obstinação, hoje já é compreendida como ferramenta de apoio - e não como solução milagrosa - para um grupo desmotivado. Mesmo assim, muitas empresas ainda restringem a motivação a dois tipos de aplicação, como explica o consultor comportamental Wilson Mileris:

· Por medo: o gestor administra pelo temor e sua característica de opressão inibe a criatividade e a participação. Perfil mais comum em empresas conservadoras;

· Por incentivo: o gestor propõe prêmios para a realização das tarefas, quaisquer que sejam elas, tornando os colaboradores dependentes deste tipo de compensação.


A contra-indicação desses métodos está, principalmente, na sua eficiência em longo prazo: ou a intimidação terá de ser maior ou os prêmios propostos aos funcionários terão de ser ajustados progressivamente, implicando em custos elevados. A recompensa financeira por um bom trabalho não deve assumir o papel de único elemento motivador do profissional.

Mileris também sugere a divisão da palavra para o melhor entendimento: motivação = motivos para ação. "Ninguém age sem ter uma razão, mesmo que seja uma motivação pequena. As pessoas podem fazer alguma coisa se tiverem um motivo", esclarece.

A idéia é identificar no profissional ou na equipe quais são as características envolvidas e analisar as metas destas pessoas para que seja possível saber de que modo é possível incentivá-las. Precisamos conhecer carências, desejos e necessidades para avaliar os focos de motivação. "Quando identificamos metas pessoais que possam ser preenchidas com ações que você possa desencadear, temos aí a automotivação. Como motivar uma pessoa? Identificando o que ela almeja para que possa ser atendida", explica Mileris.

Nesta forma de desencadeamento de ações, conseguimos uma equipe de automotivados, pessoas que têm seus objetivos bem claros e que lutam para alcançá-los.
Para esclarecer o termo automotivação, o autor e palestrante Roberto Recinella usa uma explicação bem simples: "É uma portinha que se abre dentro da pessoa. Não temos uma varinha de condão da motivação que vou encostar-se à pessoa e pronto: está motivada! Posso mostrar caminhos, mas é a pessoa que vai ter que trilhar".

Mas que caminhos são esses? Recinella destaca que é importante desenvolver o autoconhecimento para identificá-los. "Se você não sabe onde está, como posso te dizer para onde você deve ir?", observa.

Neste exercício, podemos incluir uma outra reflexão: trabalhamos demasiadamente na tentativa de acabar com nossos defeitos, enquanto esta energia deveria ser aplicada para desenvolver nossas habilidades ainda mais. "Você deve trabalhar para que essas coisas não atrapalhem seu desempenho profissional, mas você não terá um desempenho exemplar naquilo que não faz bem. Você deve se concentrar naquilo que realmente faz bem!", conclui.
Outro teste simples para testar seu autoconhecimento é tentar responder à pergunta do Dr. Jô Furlan, médico e palestrante: "Você sabe por que você levanta pela manhã?".

Ele explica que a maior parte das pessoas sempre responde à questão dizendo que se levantam porque têm contas a pagar. A experiência do especialista mostra que muitas pessoas não vivem mais, apenas sobrevivem.

Furlan completa: "Você tem de saber por que vai levantar de manhã, aquela razão que faz a pessoa se levantar a despeito da dúvida, do medo, da insegurança. Só cada um pode descobrir isso, e somente vai encontrar quando estiver disposto a procurar. A partir do momento que você descobrir o que te motiva, pode usar como quiser."

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