SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Manual do Guerreiro da Luz (By Paulo Coelho) 27


Manual
do
Guerreiro da Luz

(1997 by Paulo Coelho. Ed. Objetiva Ltda.ª.  Editoração Eletrônica: A.P. Editora.)

Escondidos debaixo de uma série de boas intenções, estão sentimentos que ninguém ousa confessar a si mesmo: vingança, autodestruição, culpa, o medo da vitória, a alegria macabra com a tragédia dos outros.  
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                                                                                                        (SEGUE o 27)
O Universo não julga:  conspira a favor do que desejamos. Por isso, o guerreiro tem coragem de olhar para as sombras de sua alma e ver se não está pedindo nada errado para si mesmo.
E toma sempre muito cuidado com o que pensa.
Jesus dizia: “que o seu sim seja sim seja sim e o que o seu não seja não”. Quando o guerreiro assume uma responsabilidade, mantém sua palavra.
Os que prometem e não cumpre – perdem o respeito próprio, têm vergonha de seus atos. A vida destas pessoas consiste em fugir, elas gastam muito mais energia dando uma série de desculpas para desonrar o que disseram, do que o guerreiro da luz usa par manter seus compromissos.
Às vezes também ele assume uma responsabilidade boba, que resultará em prejuízo.  Não torna a repetir esta atitude – mas, mesmo assim, honra o que disse e paga o preço de sua impulsividade.
Quando vence uma batalha, o guerreiro comemora.
Esta vitória custou momentos difíceis, noites de dúvidas, intermináveis dias de espera. Desde os tempos antigos, celebrar um triunfo faz parte do próprio ritual da vida: a comemoração é um rito de passagem.
Os companheiros olham a alegria do guerreiro da luz e pensam: “por que faz isto? Pode decepcionar-se em seu próximo combate. Pode atrair a fúria do inimigo”.
Mas o guerreiro sabe o motivo de seu gesto. Ele se beneficia do melhor presente que a vitória é capaz de trazer: confiança.
Celebra hoje sua vitória de ontem, para ter mais forças na batalha de amanhã.
Um dia, sem qualquer aviso, o guerreiro descobre que luta sem o mesmo entusiasmo de antes.
Continua fazendo tudo que fazia, mas cada gesto parece que perdeu o sentido. Neste momento, ele só tem uma escolha: continuar praticando o Bom Combate. Faz as suas preces por obrigação ou por medo, ou seja, lá por que motivo for – mas não interrompe o seu caminho.
Sabe que o anjo Daquele que o inspira está dando um passeio. O guerreiro mantém a atenção voltada para sua luta e insiste – mesmo quando tudo parece inútil. Daqui a pouco, o anjo retorna e o simples barulho de suas asas trará sua alegria de volta.
Um guerreiro da luz compartilha com os outros o que sabe do caminho.
Quem ajuda, sempre é ajudado e precisa ensinar o que aprendeu.  Por isso, ele senta-se ao redor da fogueira e conta como foi o seu dia de luta.
Um amigo sussurra: “por que falar tão abertamente de sua estratégia? Não vê que, agindo assim, corre o risco de ter que dividir suas conquistas com os outros?”
O guerreiro apenas sorri e não reponde. Sabe que, se chegar ao final da jornada num paraíso vazio, sua luta não terá valido a pena.
O guerreiro da luz aprendeu que Deus usa a solidão, para ensinar a convivência.
Usa a raiva, para mostrar o infinito valor da paz. Usa o tédio, para ressalta a importância da aventura e do abandono.             
        (SEGUE para o 28)  

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