SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Manual do Guerreiro da Luz (By Paulo Coelho) 29


Manual
do
Guerreiro da Luz

(1997 by Paulo Coelho. Ed. Objetiva Ltda.ª.  Editoração Eletrônica: A.P. Editora.)

Sendo flexível, ele não julga mais o mundo na base do “acerto” e “errado” e, sim, na base da “atitude” mais apropriada para aquele momento”.

                                (SEGUE o 29)
Sabe que seus companheiros também têm que se adaptar e não fica surpreso quando eles só mudam de atitude. Dá a cada um o tempo necessário para justificar suas ações.
Mas é implacável com a traição.
Um guerreiro senta-se ao redor da fogueira com seus amigos.
Passam horas acusando-se mutuamente, mas terminam a noite dormindo na mesma tenda e esquecendo as ofensas que foram ditas. De vez em quando, aparece um recém-chegado no grupo. Porque ainda não tem uma história em comum, mostra apenas suas qualidades e alguns o veem como um mestre.
Mas o guerreiro da luz jamais compara com seus velhos companheiros de batalha. O estrangeiro é bem-vindo, mas só confiará nele quando souber também os seus defeitos.
Um guerreiro da luz não entra numa batalha sem conhecer os limites do seu aliado.
O guerreiro conhece uma velha expressão popular: “se arrependimento matasse...”.
E sabe que o arrependimento mata. Vai lentamente corroendo a alma de quem fez algo errado e leva à autodestruição.
O guerreiro não quer morrer desta maneira. Quando age com perversidade ou maldade – porque é um homem cheio de defeitos – ele não tem vergonha de pedir perdão.
Se ainda é possível, usa seus esforços para reparar o mal que fez. Se a pessoa a quem atingiu já está morta, ele faz o bem a um estranho e oferece a tarefa em intenção à alma de quem feriu.
Um guerreiro da luz não se arrepende, porque arrependimento mata. Ele humilha-se e conserta o mal que causou.
Todos os guerreiros da luz já escutaram a mão dizendo: “meu filho fez isto porque perdeu a cabeça, mas – no fundo – é uma pessoa muito boa”.
Embora respeite sua mãe, ele sabe que não é assim. Não fica se culpando por seus atos impensados e tampouco vive se perdoando por tudo de errado que faz – pois desta maneira jamais corrigirá seu caminho.
Ele usa o bom senso para julgar o resultado de seus atos – e não intenções que teve ao executá-lo. Assume tudo o que faz, mesmo que pague um preço alto por seu erro.
Diz um velho provérbio árabe: “Deus julga a árvore por seus frutos e não por suas raízes”.
Aténs de tomar uma decisão importante – declarar uma guerra, mudar-se com seus companheiros para outra planície, escolher um campo para semear – o guerreiro pergunta a si mesmo: “como isto irá afetar a quinta geração de meus descendentes?”.
Um guerreiro sabe que os atos de cada pessoa têm consequência que se prolongam por muito tempo e precisa saber que no mundo está deixando para a sua quinta geração.
“Não faça tempestades num copo d’água”, alguém adverte o guerreiro da luz.
Mas ele nunca exagera um momento difícil e procura sempre manter a calma necessária.
Entretanto, não julga a dor alheia.         
        (SEGUE para o 30)  

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