SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Manual do Guerreiro da Luz (By Paulo Coelho) 15


Manual
do
Guerreiro da Luz
(1997 by Paulo Coelho. Ed. Objetiva Ltda.ª.  Editoração Eletrônica: A.P. Editora.). 
O guerreiro é livre. Mas sabe que forno aberto não cozinha pão
 (Segue: 15)
            Em qualquer atividade, é preciso saber o que se deve esperar, dos meios de alcançar o objetivo e a capacidade que temos para a tarefa proposta.”
“Só pode dizer que renunciou aos frutos aquele que, estando assim equipado, não sente qualquer desejo pelos resultados da conquista e permanece absorvido no combate.”
            “Pode renunciar ao fruto, mas esta renúncia não significa indiferença ao resultado.”
            O guerreiro da luz escuta com respeito a estratégia de Gandhi e não se deixa confundir por pessoas que, incapazes de chegar a qualquer resultado, vivem pregando a renúncia.
            O guerreiro da luz presta atenção às pequenas coisas, porque elas podem atrapalhar muito.
Um espinho, por menor que seja, faz o viajante interromper seu passo.  Uma pequena e invisível célula pode destruir um organismo sadio. A lembrança de um instante de medo no passado faz a covardia voltar a cada nova manhã. Uma fração de segundo abre a guarda para o golpe fatal do inimigo.
            O guerreiro está atento às pequenas coisas. Às vezes é duro consigo mesmo, mas prefere agir desta maneira.
            “O diabo mora nos detalhes”, diz um velho provérbio da Tradição.
            O guerreiro da luz nem sempre tem fé.
            Há momentos em que não crê em absolutamente nada. E pergunta ao seu coração: “Será que vale a pena tanto esforço?”.
            Mas o coração continua calado. E o guerreiro tem que decidir por si mesmo.
            Então ele procura um exemplo. E lembra-se que Jesus passou por algo semelhante – para poder viver a condição humana em toda a sua plenitude.
            “Afasta de mim este cálice”, disse Jesus.  Também ele perdeu o ânimo e a coragem, mas não parou.
            O guerreiro da luz continua sem fé, mas segue adiante e a fé termina voltando.
            O guerreiro sabe que nenhum homem é uma ilha.
Não pode lutar sozinho; seja qual for o seu plano, depende de outras pessoas. Precisa discutir sua estratégia, pedir ajuda e – nos momentos de descanso – ter alguém para contar histórias de combate ao redor da fogueira.
Mas ele não deixa que as pessoas confundam sua camaradagem com insegurança. Ele é transparente em suas ações e secretos nos seus planos.
Um guerreiro da luz dança com seus companheiros, mas não transfere para ninguém a responsabilidade de seus passos.
No intervalo do combate, o guerreiro descansa.
Muitas vezes passa dias sem fazer nada, porque seu coração exige; mas sua intuição permanece alerta.  Ele não comete o pecado capital da Preguiça porque sabe aonde ela o pode conduzir; à sensação morna das tardes de domingos, onde o tempo passa e nada mais.
     (SEGUE para o 16)        
             

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