do
Guerreiro da Luz
(1997 by Paulo Coelho.
Ed. Objetiva Ltda.ª. Editoração
Eletrônica: A.P. Editora.).
Mas sabe que o
ato de perdoar não o obriga a aceitar tudo; um guerreiro não pode abaixar a
cabeça – senão perde de vista o horizonte de seus sonhos.
(Segue:
14)
Aceita
que os adversários estão ali para testar sua bravura, sua persistência, sua
capacidade de tomar decisões. Eles o obrigam a lutar por seus sonhos.
É a experiência do combate
que fortalece o guerreiro da luz.
O guerreiro lembra-se do
passo.
Conhece a Busca Espiritual
do home, sabe que ela já escreveu algumas das melhores páginas da história.
E alguns de seus piores capítulos:
massacres, sacrifícios, obscurantismo. Foi usada para fins particulares e viu
seus ideais servirem de escudo para intenções terríveis.
O guerreiro já ouviu
comentários do tipo “como vou saber se este caminho é sério?”. E viu muita
gente abandonar a busca por não responder a esta pergunta.
O guerreiro não tem
dúvidas: segue uma fórmula infalível.
“Pelos frutos, conhecereis
a Árvores”. disse Jesus. Ele segue esta regra e não erra nunca.
O guerreiro da luz conhece
a importância da intuição.
No meio da batalha, não
tem tempo para pensar nos golpes do inimigo – então usa seu instinto e obedece
ao seu anjo.
Nos tempos de paz, decifra
os sinais que Deus lhe envia.
As pessoas dizem: “está
louco”.
Ou então: “vive num mundo
de fantasia”.
Ou ainda: “como pode
confiar em coisas que não têm lógica?”.
Mas o guerreiro sabe que a
intuição é o alfabeto de Deus e continua escutando e falando com as estrelas.
O guerreiro da luz senta-se
com seus companheiros em torno de uma fogueira.
Comentam suas conquistas –
e os estranhos se juntam ao grupo são bem vindos, porque todos têm orgulho de sua
vida e do Bom Combate. O guerreiro fala
com entusiasmo do caminho, conta como resistiu a certo desafio, que solução
encontrou para um momento difícil. Quando conta histórias, reveste suas
palavras de paixão e romantismo.
Às vezes se permitir exagerar
um pouco. Lembra-se que seus antepassados também exageravam de vez em quando.
Por isso faz a mesma
coisa. Mas sem jamais confundir orgulho com vaidade e sem acredita em seus próprios
exageros.
“Sim”, o guerreiro escuta
alguém dizer; “Eu preciso entender tudo, antes de tomas uma decisão. Quero ter
a liberdade de mudar de ideia.”
O guerreiro olha com
desconfiança esta grasse. Também ele pode ter a mesma liberdade, mas isto não o
impede de assumir um compromisso, mesmo que não compreenda exatamente por fez
isto.
Um guerreiro da luz toma
decisões. Sua alma é livre como as nuvens
no céu, mas ele está comprometido com seu sonho. Em seu caminho livremente
escolhido, tem que acordar em horas que não gosta, falar com gente que não lhe
acrescenta nada, fazer alguns sacrifícios.
Os amigos comentam: “Você não
é livre”.
O guerreiro é livre. Mas
sabe que forno aberto não cozinha pão.
(SEGUE
para o 15)
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