SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

sábado, 30 de junho de 2018

Divagando sobre Democracia e a Livre Concorrência (By Wanderley Pereira)


Para estabelecer de parâmetros, entre a Democracia e Livre Concorrência recorro a Alberto Venâncio:
“Importantes transformações econômicas e sociais vão profundamente alterar o quadro em que se inserira esse pensamento político-jurídico [Liberalismo]. As implicações cada vez mais intensas das descobertas científicas e de suas aplicações, que se processam com maior celeridade e, a partir da Revolução Industrial, o aparecimento de gigantescas empresas fabris, trazendo, em consequência, a formação de grandes aglomerados urbanos, representam mudanças profundas na vida social e política dos países, acarretando alterações acentuadas nas relações sociais, o que exigirá que paulatinamente, sem nenhuma posição doutrinária preestabelecida, o Estado vá, cada vez mais, abarcando maior número de atribuições, intervindo mais assiduamente na vida econômica e social, para compor os conflitos de interesses de grupos e de indivíduos.”  (VENÂNCIO FILHO, Alberto. A intervenção do Estado no domínio econômico. Ed. Fac-similar. Rio de Janeiro: Renovar, 1998, p. 8.)
                       Neste diapasão podemos verificar que o estado é o grande regulador da livre concorrência através de regras claras e prática que impõe para frear o abuso econômico partido de conflitos de interesses, em geral a briga entre o monopólio e aqueles que lutam par se firmarem no mercado; quando o estado não intervém caímos em uma “ciranda” econômica que prejudica, sobremaneira, a vida social e sustentável dos que necessitam da igualitária concorrência para buscar mercado de forma ampla e com regras democráticas de convivência; sem contar que, se assim não o fizer, o estado também sofre pelo engessamento da economia o que prejudica o desenvolvimento interno e interfere na balança comercial do país.  
             Podemos dizer que a livre concorrência para  ser salutar deve obedecer três formas fundamentais para tal: 
A liberdade de concorrência se expressa de três formas:
  a liberdade de iniciativa empresarial, que se confunde com o livre acesso das empresas ao mercado;
  a liberdade de a empresa manter-se no mercado e nele agir de modo que garanta o lucro; e
  a liberdade de escolha dos consumidores (SENHORAS, 2003, p. 84).
                    Quando se configura o abuso econômico, evidenciado pela imposição de preços por conta do domínio de mercado sobre os demais concorrentes e/ou, ainda, quando envolve – além dos preços de mercados do produto – o ordenamento, tácito, da mão de obra e o controle de matéria-prima, o ESTADO tem que intervir para que se evite o colapso econômico-social.   Tércio Ferraz Júnior é bem claro, neste aspecto, quando diz:
                                      “dominação é mais do que posição de predominância. É, por meios ardilosos, bloquear a renovação do mercado, impedindo o advento de novas forças e a expansão das existentes.” (FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Lei de defesa da concorrência: origem histórica e base constitucional. In: Arquivos do Ministério da Justiça, Brasília, v. 45, n. 180, p. 175-185, jul./dez. 1992.)           
                Um outro fator que evidencia o abuso do poderio econômico é a busca gradual para a eliminação total ou parcial dos concorrente.  Essa atitude leva a diminuir e/ou, até, suprimir a liberdade inerente de um comércio “leal”, implantando uma deslealdade  com o impedimento de acesso de novos empresários às atividades comerciais ou de serviços.
                  O mercado concorrente, como é argumentado por Cabenellas, nos diz que:
Argumenta-se que as economias que se sustentam em mercados concorrentes obtêm uma utilização mais eficiente dos recursos produtivos, produzindo bens e serviços a custos mais reduzidos, com inegável elevação do nível de bem-estar social (CABANELLAS, 1983, p. 37).
       Em vez de ser predador, o concorrente deve buscar a eficiência e a eficácia para se firmar, como bem podemos ver através de Nascimento: “A eficiência deveria ser o principal aspecto a ser estimulado por uma política de concorrência.” (NASCIMENTO, 1996).
       Em nosso estado democrático de direito a Constituição intervém para a condenação das práticas abusivas com intervenções na economia em favor do livre mercado. No entanto essas regras buscam indicar que a concorrência é um bem que leva a bens maiores quando ela existe de maneira digna e busca se portar conforme os preceitos justos e que façam justiça às ações sociais de convivência mútua dos povos.
    É dessa maneira, com a intervenção do Estado Democrático e de Direito,  que a concorrência deve-se pautar de forma coerente porque a defesa do Estado vem em implementação de políticas públicas que regulam o ordenamento econômico por meio de diversos instrumentos visando a proteção tanto da sociedade, como um todo, quanto daqueles entrantes no mercado e os existentes que sofrem com a concorrência predatória da economia.
    Encerrando com o sentimento de quê o Estado Democrático nos leva a ser tutelado para evitar atividades “predatórias” apresentamos o que Tavares pensa:
A necessidade de estabelecer, por via da legislação, punições às atitudes da iniciativa privada que possam comprometer o equilíbrio dos agentes econômicos é incontestável. Isso porque referido equilíbrio é objetivado pela Constituição, não apenas como decorrência do princípio abstrato da igualdade, mas também porque a própria Constituição foi especificamente incisiva nesse particular. Não há como aquele equilíbrio ser atingido com a ausência total de regulação e fiscalização pelo Estado. No mercado regido pelas forças absolutamente livres há sempre a possibilidade de o agente econômico interferir nesse estado de liberdade, corrompendo o desejável equilíbrio, pela sua força econômica superior. (TAVARES, 2003, p. 260).

quinta-feira, 28 de junho de 2018

As Competências Profissionais. (By Wanderley Pereira)


              As Competências Profissionais do Técnico de Nível Médio
(Wanderley Pereira da Silva)
        
 A preparação para o trabalho é fundamental para que tenhamos profissionais de “ponta” e que respondam aos anseios do mercado demandante de produção e serviços.  É por isso que é de vital importância termos consciência que preparar os docentes para o trabalho não é o mesmo que prepara-los para o emprego; devemos despertá-los à compreensão e assimilação mostrando-lhes o lado do mundo laboral - para inseri-los na sociedade e, com uma visão crítica, nas atividades produtivas.  Isso tudo é leva-los à tão propalada competência profissional, onde nada mais é, segundo Macedo (2002) a construção, coordenação e articulação de esquemas de ação ou de pensamento caracterizada pela mobilização de recursos, tomada de decisão e saber agir.
         Nos dias de hoje é muito difícil desassociar “competência” do bojo técnico escolar, uma vez que ela é determinante para o reconhecimento profissional e no mundo empresarial (para onde irão os egressos) as competências são valorizadas em diversos matizes e estão articuladas através da mobilização para o desempenho com eficácia pela utilização da eficiência como valor profissional.
         Quando tecemos considerações, sobre as competências, temos que estar atentos a três princípios básicos que as norteiam: 1) A expressão perceptiva, onde se explora a capacidade expressiva própria do docente e da dos outros, onde se busca a linguagem básica específica. Neste primeiro princípio o compreender e o entender são verbos chaves para o entendimento e percepção da interdependência dos saberes. 2) Nesta fase a argumentação decisiva é o ingrediente que leva ao reconhecimento dos elementos próprios para a formação profissional, tendo como “carro chefe” a coletânea verbal do coletar, selecionar, relacionar e interpretar tudo que envolve o contexto profissional em estudo e, 3) Vem quando  o indivíduo leva à realidade os conteúdos estudados, identificados como contextualização e abstração a serem aplicados na vida cotidiana como como molas mestras do aprendizado em sala de aula para aplicabilidade em situação a ser vivida profissionalmente; neste estágio o verbo forte é o aplicar, aplicar os conhecimentos adquiridos.
         Como professor, para desenvolver essas competências trago as citações que por si só já desnudam meus pensamentos: “Formar por competências requer tratar como conteúdos escolares não só os conhecimentos conceituais, mas, também, os procedimentais (saber - fazer) e os 'atitudinais' (saber - ser). (COLL, 1998; ZABALA; ARNAU, 2010)”. “O ensino por competências implica alterar não só as metodologias, mas toda a arquitetura didática da formação, o que inclui a análise das necessidades, a definição dos objetivos, a seleção e a definição dos conteúdos e a avaliação (ZABALZA, 2009)”.

domingo, 24 de junho de 2018

A FELICIADE (By Marcio Kühne)


     A FELICIDADE, empilhada com o cuidado e a delicadeza que merece
 

 "Quando desisti de perseguir a felicidade,  ela me surpreendeu na primeira esquina."  (Marcio Kühne)

       "A FELICIDADE é a soma das pequenas felicidades'. "Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar" afirmou a jornalista  Leila Ferreira.
     “Eu ja suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existisse, mas dava a ela o benefício da dúvida.
      Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr do sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, um amigo que nos faz rir… São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem."
      Algumas pessoas crescem esperando a felicidade com letras maiúsculas e na primeira pessoa do plural.
      Uma mulher, chamada Elis, conta: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos". Agora, viajando com frequência por
causa de seu trabalho, ela descobriu que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível’.
     Podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhados, não tem sentido esperar
até que um fato mágico nos faça felizes.
     Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça’, tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.

terça-feira, 5 de junho de 2018

Teoria da bolinha de papel (By Marcio Kühne)

Imagem relacionada                A teoria da bolinha de papel

          "Quando tocamos positivamente a vida de uma 
        pessoa, estamos beneficiando toda a humanidade."
                                                                                                 
           ABORDAR questões sociais em ambientes acadêmicos, que geralmente tendem a criar tumultos verbais, é uma tarefa um tanto quanto delicada. Mas não foi um problema para um professor de ensino médio.
         Inicialmente, o professor distribuiu folhas de papel para cada um de seus alunos. Na sequência, pediu para que as amassassem e lhes disse que nessa atividade todos estariam representando a população do país.
         Em seguida, colocou um cesto de lixo na frente da turma, próximo ao quadro. E falou que, nesse país, todos teriam a mesma oportunidade para subir de nível na sociedade e melhorar sua condição financeira. Para isso, eles teriam que arremessar a bolinha de papel e acertar o cesto. Mas não poderiam levantar de seus lugares.
         Obviamente que a galera do fundão não gostou da ideia, dizendo que a atividade não era justa,
pois as pessoas sentadas à sua frente teriam maiores chances de acertar a lixeira.
        Mas o experimento continuou. As bolinhas foram lançadas e, como foi previsto, a maior parcela de estudantes que acertaram o objetivo estava mais próxima ao cesto. Poucos foram os alunos sentados no fundão que tiveram êxito em seu arremesso.
       Então o professor lhes disse "quanto mais próximo estiver do cesto, melhor serão os resultados, é assim que o privilégio funciona, vocês notaram que os únicos que reclamaram foram justamente os que estavam afastados?"
        E continuou: "Por outro lado, quem está na frente da sala é menos propenso a ter consciência do privilégio em que se encontra. Tudo o que podem ver são 3 metros entre eles e seu objetivo".

        O professor concluiu dizendo que a educação é um privilégio, por isso, utilizar esse conhecimento adquirido para alcançar grandes objetivos deve ser tão importante quanto ajudar aqueles que não tem o mesmo acesso.
 Uma lição maravilhosa sobre privilégios.
   Marcio Kühne -  www.marciokuhne.com.br