SOU e ESTOU...

SOU e ESTOU... Administrador, com CRA/PE 5379; Especialista em Gerência Empresarial - UNIVERSO/RJ; Consultor Contábil Financeiro UFPR/INDICARE; Consultor de Negócios; Perito Judicial e Extra Judicial; Prof. na Fundação Bradesco - FADURPE/UFRPE (Gestão Agropecuária e Agroindustrial, Empreendedorismo, Sustentabilidade e Administração Rural); Prof. de Espanhol; Palestrante e estudioso do Empreendedorismo, Associativismo e Cooperativismo, voltado para o DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL.

terça-feira, 29 de maio de 2018

Manual do Guerreiro da Luz (By Paulo Coelho) 32


Manual
do
Guerreiro da Luz

(1997 by Paulo Coelho. Ed. Objetiva Ltda.ª.  Editoração Eletrônica: A.P. Editora.)
Quarto: nossa obrigação é deixar os outros contentes. É preciso agradá-los, mesmo que isto signifique renúncias importantes.

                                (SEGUE o 32)
Quinto: é preciso não beber da taça da felicidade, senão podemos gostar – e nem sempre a teremos em nossas mãos.
Sexto: é preciso aceitar todos os castigos. Somos culpados.
Sétimo: o medo é um alerta. Não vamos correr riscos.
Estes são os mandamentos que nenhum guerreiro da luz pode obedecer.
Um grupo muito grande de pessoas está no meio da estrada, barrando o caminho que leva ao Paraíso.
O puritano pergunta: “Por que os pecadores?”.
E o moralista berra: “A prostituta quer fazer parte do banquete!”.
Grita o guardião dos valores sociais: “Como perdoar a mulher adúltera, se ela pecou?”.
O penitente rasga suas roupas: “Porque curar um cego que só pensa em sua doença e nem sequer agradece?”.
Esperneia o asceta: “Tu deixas que a mulher derrame em teus cabelos um óleo caro! Por que não vende-lo e comprar comida?”.
Sorrindo, Jesus segura a porta aberta. E os guerreiros da luz entram, independentes da gritaria histérica.
O adversário é sábio.
Sempre que pode, lança mão de sua arma mais fácil e mais efetiva: a intriga. Quando a utiliza, não precisa fazer muito esforço – porque outros estão trabalhando para ele. Com palavras mal dirigidas, são destruídos meses de dedicação, anos em busca da harmonia.
Frequentemente o guerreiro da luz é vítima desta armadilha. Não sabe de onde vem o golpe e não tem como provar que a intriga é falsa.  A intriga não permite o direito de defesa: condena sem julgamento.
Então ele aguenta as consequências e as punições imerecidas – pois a palavra tem poder e ele sabe disto. Mas sofre em silêncio e jamais usa a mesma arma par atacar seu adversário.
Um guerreiro da luz não é covarde.
“Daí ao tolo mil inteligências e ele não quererá senão a tua”, diz o provérbio árabe. Quando o guerreiro da luz começa a plantar o seu jardim repara que o vizinho está ali, espiando. Ele gosta de dar palpites sobre como semear as ações, adubar os pensamentos, regar as conquistas.
Se der atenção ao que ele está dizendo, terminará fazendo um trabalho que não é o seu: o jardim de que agora cuida será ideia do vizinho.
Mas um verdadeiro guerreiro da luz sabe que cada jardim tem seus mistérios, que só a mão paciente do jardineiro é capaz de decifrar. Por isso, prefere concentrar-se no sol, na chuva, nas estações.
Sabe que o tolo que dá palpites sobre o jardim alheio, não está cuidando de suas plantas.
Para lutar, é preciso manter os olhos abertos. E ter companheiros fiéis ao seu lado.                 
        (SEGUE para o 33)  

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